Entre as pessoas que percebem e admiram a beleza de um jardim, não há quem deixe de reparar na beleza geométrica e escultórica dos Agaves.
São inúmeras espécies com cores e folhas de formatos diferentes. No paisagismo, o Agave se encaixa muito bem em jardins tropicais e geométricos, com forração de seixos e composições com pedras maiores, ou com forração de cores vibrantes como a Trapoeraba roxa, por exemplo.
Suas folhas pontiagudas e, na maioria das espécies, com espinhos, mantêm os animais domésticos longe do jardim.
Quando adulta emite uma haste floral de grande beleza.
No Brasil existem diversas espécies, incluindo novidades vindas do México, como o Agave palito.
No entanto, é preciso atenção e cultivá-la apenas em locais longe das áreas de circulação, pois devido aos espinhos e/ou formato das folhas, podem causar ferimentos. Outro ponto fundamental para a escolha do local de cultivo é o espaço, pois algumas espécies podem alcançar dois metros de altura e também de diâmetro.
As diversas espécies de Agave estão na moda, mas a planta tem sido utilizada de maneira indiscriminada, pois, observando as ruas de São Paulo, podemos ver Agaves em locais de circulação de pedestres como na Av. Faria Lima e jardins de edifícios junto a calçada, além de maciços plantados nos canteiros centrais da Av. Brasil, próximo a Avenida Nove de Julho, sem espaço para crescimento e avançando as folhas pontiagudas na direção dos carros.
Em inúmeros jardins particulares, podemos observar espécies colocadas, em arranjos perfeitamente simétricos, formando uma bonita composição, mas e daqui há um ou dois anos? Teremos Agaves invadindo áreas de circulação, encobrindo vitrines ou, simplesmente, serão retirados para a colocação de novas plantas.
Criar um jardim é, em primeiro lugar, uma questão de responsabilidade, pois as plantas não são descartáveis. Um bom projeto prevê o sucesso do jardim em longo prazo e não uma beleza apenas temporária.